Partimos em uma quinta-feira quente e ensolarada rumo a Urubici, na serra catarinense. De Florianópolis para Urubici temos duas possibilidades de rota: a primeira rota é seguindo pela BR 282, percorrendo 169 Km, passando pelas cidades de Rancho Queimado, Alfredo Wagner e Bom Retiro; e a segunda rota, percorrendo 242 Km indo até Tubarão e seguindo pela Serra do Rio do Rastro, passando pelas cidades de Orleans, Bom Jardim da Serra e Pericó. E finalmente Urubici!
Optamos por ir pela Serra do Rio do Rastro… você conhece? Um cenário belo e desafiador! São 284 curvas – conhecidas como cotovelos, por serem muito fechadas – em apenas 25 Km de estrada, onde circulam vagarosamente carros, caminhões, ciclistas, motociclistas, e até andarilhos… é impressionante!
Urubici fica a uma altitude de 915 m acima do nível do mar e podemos ir até lá em várias ocasiões, durante as estações quentes e aproveitar as cachoeiras ou durante as estações frias e curtir um verdadeiro frio catarinense.
E como viagens podem ser cheias de imprevistos… tivemos que reinventá-la!
Uma típica viagem de feriadão. Era um dia bem quente e ensolarado. Como sempre, conferimos o aplicativo de celular que informa o clima do destino. E lá dizia: chuva! Sem acreditar que aquele solzão seria encoberto por uma imensa e úmida nuvem, e teimosos que somos, levamos nossas roupas de banho! Pra quê?!
Assim que chegamos na cidade, nos instalamos na pousada, um calor, nos aprontamos para passear pelo centrinho, jantar e… CABRUM! Vem a nuvem chover sobre Urubici… A dita nuvem nos acompanhou por todo o dia seguinte e ganhou até um nome, Clô (de cloud, em inglês). Rsrs
Aí, sabe aquela viagem pra tomar banho de cachoeira? Tivemos que reinventar! Compramos alguns agasalhos – sim, o frio é frio mesmo – e plano B em ação…
Conhecemos restaurantes lindos e lojas com artesanatos lindos. Tudo muito aconchegante e de bom gosto. Aliás, a cidade é um brinco. Mesmo com 96% de ocupação dos hotéis e pousadas, circulávamos livremente, sem lotações ou trânsito. Isso se explica pela variedade de instalações da cidade, com pousadas no centro e outras de altitude, super charmosas e que nem dá vontade de sair.
Aproveitamos para utilizar as áreas públicas da cidade. Quando a chuva deu uma trégua, as crianças até brincaram nos brinquedos da praça. Mas logo um morador sabido anuncia: “Vamos embora porque vai chover de novo…” Achamos que seriam alguns pingos de chuva. Que nada… precisamos correr, foi um toró! Ai, ai… Rsrs
Então, ficamos sabendo que acontecia ali perto, a 60 Km, em São Joaquim, a Festa da Maçã, e fomos conferir. Um clima rural, bem parecido com Urubici, uma festa cheia de… maçãs! De todos os tamanhos, desde aquelas que se pareciam com uma acerola, até a maior de todas, com cerca de 800 g, parecendo um mamão papaya. Há também um pavilhão para os artesãos locais, onde vendem-se produtos feitos de maçã e artesanato.
Bem ao lado acontecia uma festa de rodeio, com leilão de lotes de cavalos e gado, e do outro lado da cerca, cavaleiros (peões) com seus laços girando no alto de suas cabeças laçavam bezerros que corriam e pareciam um tanto “assustados”… a sensação é um misto de achar que é interessante por ser a cultura de um povo e “ai que dó”!
Após saborearmos os quitutes locais, voltamos para Urubici. A música embalava nosso retorno, as crianças dormindo e a dita nuvem “Clô” nos acompanhava…
A noite, mais um super charmoso restaurante, boas companhias e founde, harmonizado com cervejas locais… hmmm
Dia seguinte! Dia de voltar para casa, com aquele tempo chuvoso, resolvemos partir pela primeira rota com uma parada para almoço em Rancho Queimado. Estrada linda, cheia de araucárias e quem veio nos prestigiar? O sol!
Ótimo passeio, novos lugares, novos ares e reflexões… Pois é, viajando aprendemos de tudo um pouco. No último momento refazer nossas motivações para viajar, sempre ter um plano B e confiar no aplicativo do clima… rsrs
Precisamos voltar para um banho de cachoeira!