O litoral catarinense possui mais de 500 km de extensão e é agraciado com belíssimas praias, o que, naturalmente, atrai milhares de banhistas todos os anos, principalmente no verão. Entretanto, existe um alerta a ser feito: Pesquisas mostram que as correntes de retorno são a principal causa de afogamento na costa brasileira, e em Santa Catarina não é diferente.
Veja abaixo como são formadas as correntes de retorno, como identifica-las e como escapar de uma:
:: Como se formam as correntes de retorno?
As correntes de retorno variam em tamanho, largura, profundidade, forma, velocidade e potência. Elas são formadas, geralmente, da seguinte maneira: Quando as ondas quebram, elas empurram a água acima do nível médio do mar. Uma vez que a energia da água é despendida, a água que ultrapassou aquele nível médio é empurrada de volta pela força da gravidade. Quando ela é empurrada de volta, contudo, mais ondas podem continuar a empurrar mais água acima daquele nível médio, criando o efeito de uma barreira transitória (temporária). A água de retorno continua a ser empurrada pela gravidade, e procura o caminho de menor resistência. Este pode ser um canal submerso na areia ou a areia ao lado de um quebra mar ou píer, por exemplo. (pt.wikipedia.org)
:: Como reconhece-las?
As correntes de retorno possuem alguns “sinais” característicos. São eles:
1. Água marrom e descolorada, devido à agitação da areia do fundo, causada pelo retorno das águas;
2. Água com tonalidade mais escura, devido à maior profundidade, sendo atrativas para banhistas desavisados;
3. Água mais fria após a linha de arrebentação, significando o retorno de águas mais profundas;
4. Ondas quebram com menor frequência ou nem chegam a quebrar, devido ao retorno das águas e à maior profundidade;
5. Local onde ocorre a junção de duas ondas provindas de sentidos opostos;
6. Local por onde o surfista experiente geralmente entra no mar;
7. Nas marés baixas, formam ondas do tipo buraco, alimentadas pela água em seu retorno;
8. Pequenas ondulações na superfície da água, causando um rebuliço, em virtude da água em movimento (pescoço da vala);
9. Espuma e mancha de sedimentos na superfície, além da arrebentação, onde a vala perde a sua força (cabeça da vala);
10. Ocupação de uma faixa maior de areia, devido ao maior volume de água, provocando uma sinuosidade ao longo da praia (boca da vala);
E o mais importante: Fique fora das áreas demarcadas com bandeiras vermelhas e siga sempre as instruções dos salva vidas! Pegar algumas dicas com surfistas experientes também são uma boa! 😉
:: Como escapar de uma corrente de retorno?
Se você for “pego” por uma corrente de retorno, não há motivos para pânico, pois é relativamente simples escapar dela. Clique aqui e confira 6 passos para você sair de uma corrente de retorno.
:: Confira abaixo algumas fotos para facilitar o reconhecimento das correntes de retorno
Perceba que onde há corrente de retorno a onda não “quebra” e não há formação de espuma no mar.