A Defesa Civil de Santa Catarina apura tremores de terra sentidos em algumas cidades de Santa Catarina na noite de quarta-feira (16). Moradores de prédios de Balneário Camboriú, Itapema, Itajaí e São José relataram o fenômeno momentos depois que um terremoto atingiu o Chile, com magnitude de 8,3, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) — o serviço sismológico chileno informou 8,4.
O síndico de um prédio de São José, na Grande Florianópolis, contou a uma rádio do Grupo RBS que sentiu dois tremores. O primeiro, mais persistente, durou entre dois e três minutos. O segundo, mais fraco, foi sentido rapidamente.
“Inicialmente, eu achei que era eu que estava passando mal ou alguma coisa assim. Eu senti como se fosse uma tontura. Eu me levantei, olhei pra mesa, percebi que os controles da televisão também estavam balançando e continuei sentindo durante algum tempo. Eu só percebi que realmente não era eu, mas sim o prédio que estava balançando, quando meu telefone tocou e alguns moradores perguntaram se o prédio estava tremendo”, diz o síndico que não quis se identificar.
Tremores são investigados
O Corpo de Bombeiros recebeu ao menos quatro ocorrências de tremor de terra na noite de quarta. Segundo o major Fabiano de Souza, diretor de Prevenção da Defesa Civil estadual, ainda é preciso confirmar a relação, mas existe a possibilidade de que os tremores sentidos em Santa Catarina sejam decorrentes do terremoto no Chile.
“Cismos na região dos Andes são mais intensos porque duas placas se encontram. O Brasil está sobre uma dessas placas, que é a mesma do Chile, e não é incomum sentir vibração no Brasil, mas ela é pequena e, por isso, apenas quem estava em prédios sentiu [por ser mais suscetível]”, comenta.
Outros estados do Brasil também sentiram tremores. Souza diz que os dados de Santa Catarina estão sendo analisados por um órgão especializado em Brasília e ainda é necessário confirmar a relação com o terremoto.
Matéria original: g1.globo.com