Pessoal, a lama da barragem que rompeu no estado de Minas Gerais, além de causar a destruição de uma vila inteira e um prejuízo ecológico inestimável, chegou ao litoral do Espirito Santo. Mas e o litoral de Santa Catarina, está a “salvo”? Bom, segundo a matéria de LEONARDO GORGES, publicada no site do Diário Catarinense, parece que SIM! Vejam:
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A preocupação dos ambientalistas do país está voltada para a bacia do Rio Doce e o litoral Norte do Espírito Santo. No domingo, a lama da barragem da Samarco, que se rompeu em Mariana (MG), chegou à foz do Rio Doce, no distrito de Regência, em Linhares (ES). Com isso, cresceram temores de impactos em vários pontos da costa brasileira. Santa Catarina, no entanto, não deve ser atingida pelos dejetos de mineração. Essa é a opinião dos especialistas ouvidos pelo DC.
Para o professor de oceanografia física Felipe Pimenta, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o efeito no ambiente marítimo deve ficar restrito a uma área de até uma centena de quilômetros da foz do Rio Doce, que tem baixa descarga.
— O efeito deve ser mais localizado. O que está ali (a lama dos rejeitos) não vai ter uma dispersão muito longínqua. Ela está seguindo em direção norte, não sei se pelos ventos. Além disso, não há nenhuma corrente marítima naquela área que siga para o Sul — diz Pimenta.
Ainda segundo o professor, a maior crítica que pode ser feita até aqui é pela falta de medições adequadas para saber o tamanho do desastre.
— Além de a Samarco não ter os programas de proteção adequados, não foram feitas medições. Poderiam contatar universidades do Espírito Santo para acompanhar e entender melhor o processo de dispersão da lama. Faltou um pouco de integração com a comunidade científica — diz, relembrando casos como o tsunami em Fukushima, em 2011, e o vazamento de óleo no Golfo do México, em 2010, quando houve intensa participação da academia para minimizar danos.
Professor da UFPE se preocupa com Abrolhos
Professor de oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Gilvan Takeshi Yogui diz que a atual preocupação dos ambientalistas é com o Arquipélago de Abrolhos, reserva natural a cerca de 280 quilômetros da foz do Rio Doce.
— Em Santa Catarina não chega. Está descartado. É muito longe — opina.
A distância entre a foz do Rio Doce e a costa catarinense é maior que 1, 5 mil quilômetros.
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