Santa Catarina obteve o melhor índice de doação de órgãos do país proporcional ao número de habitantes no primeiro semestre de 2015. Foram 30,6 doadores efetivos por milhão de população, calculo base utilizado no registro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto). Isso significa que 103 pessoas no estado doaram órgãos e 628 transplantes de órgãos e tecidos foram feitos no período.
O vigilante Evander Fragoso recebeu um rim de um doador que teve um AVC. Foi um gesto que o devolveu a vida. “Todo dia eu tô rezando e agradecendo a Deus e a esse anjo doador. Ele fez um bom papel aqui na terra”, agradece Fragoso. O mesmo doador salvou mais sete vidas.
José Rosa optou por ser doador, mas agora precisa de um rim. “Em 1978, quando eu fiz a minha primeira habilitação, eu já optei por ser doador. Hoje, sou eu que preciso”, conta. Além dele, outras 291 pessoas aguardam por um rim, órgão com maior lista de espera no estado conforme a Abto. Na sequência, estão os pacientes que precisam de córneas, 152. Apenas uma pessoa no território catarinense espera por um coração.
Dos 103 doadores nestes primeiros seis meses, 97 tiveram os órgãos efetivamente transplantados. Entretanto, foram identificadas mais 148 pessoas que eram potenciais doadores. A família de 39% delas recusou os transplantes, e nas demais foram identificados problemas de saúde.
“A família as vezes não sabe do desejo do falecido. É importante conversa para saber a vontade das pessoas”, esclarece o médico João Baroncello. Confore a Secretaria de Estado da Saúde, a SC Transplantes possui uma equipe de 600 profissionais de urgência do estado, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e outros, que são treinados para abordar familiares, comunicar a morte e sugerir a doação.
Matéria original: g1.globo.com/sc
